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2012 - Livro Vermelho 2013

Diplusodon leucocalycinus Lourteig VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 17-03-2014

Criterio: B1ab(i,ii,iii)

Avaliador: Lucas Moraes

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Lucas Moraes

Analista(s) SIG: Thiago, Marcelo

Especialista(s): Rafael Borges


Justificativa

Espécie endêmica do estado de Goiás (Cavalcanti & Graham, 2013), é encontrada na região da Chapada dos Veadeiros, nos municípios de Água Fria de Goiás e Alto Paraíso de Goiás (Cavalcanti & Noronha, 2009). Ocorre no domínio Cerrado (Cavalcanti & Graham, 2013), onde se desenvolve em Campos Sujos e Campos Rupestres (Cavalcanti & Noronha, 2009), sobre solo rochoso de encosta de morro e solo areno-pedregoso (CNCFlora, 2013). Tem EOO estimada em 5.235 km² e está sujeita a sete situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. Apesar de protegida pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (CNCFlora, 2013), em sua área de ocorrência fora do Parque está ameaçada pelas culturas agrícolas, que suprimem intensamente a vegetação nativa (Sano et al., 2010). A pecuária e o aumento da frequência dos incêndios para a formação de pastagens e rebroto do capim (Sano et al., 2010), a presença de espécies invasoras (capim-gordura) (Ziller, 2001) e o turismo estabelecido de forma desordenada também configuram importantes ameaças na área de distribuição da espécie (MMA/ICMBio, 2009). Medidas de controle e monitoramento das ameaças incidentes são necessárias para evitar que o táxon seja categorizado em um grau de risco de maior preocupação em um futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Diplusodon leucocalycinus Lourteig;

Família: Lythraceae

Sinônimos:

  • > Diplusodon irwinii ;
  • > Diplusodon urceolatus ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Bradea 5: 232. 1989.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo estado de Goiás (Cavalcanti & Graham, 2013), nos municípios de Água Fria de Goiás e Alto Paraíso de Goiás (Cavalcante & Noronha, 2009), onde foi coletada na Chapada dos Veadeiros, em altitudes entre entre 1.000 m e 1.560 m.

Ecologia

Subarbusto de 40 cm a 1,5 m de altura de ocorrência no Cerrado (Cavalcanti & Graham, 2013), nos Campos Sujos e Campos Rupestres da Chapada dos Veadeiros (Cavalcante & Noronha, 2009), em solo rochoso de encosta de morro (G. Hatschbach 53978) e solo arenoso-pedregoso (T.B. Cavalcanti et al. 3156).

Reprodução

A espécie floresce de dezembro a março (Borges, com. pess.). Coletada com frutos em março (T.B. Cavalcanti 384).

Ameaças

7.1 Fire & fire suppression
Incidência local
Detalhes Embora a maior parte das pastagens utilizadas para a prática pecuarista seja natural e a pecuária seja essencialmente extensiva em toda a região, continuam a ser amplamente praticadas as tradicionais queimadas para preparação do solo e estímulo à rebrota do capim, o que implica em conhecidos riscos ligados à perda de controle sobre o fogo e propagação em áreas de relevância ecológica (MMA/ICMBio, 2009).

2.2.2 Agro-industry plantations
Incidência local
Severidade high
Detalhes A espécie ocorre nos Estado de Goiás, onde são muito comuns as culturas agrícolas, que estão entre ameaças existentes para a vegetação nativa (Sano et al., 2010).

2.3 Livestock farming & ranching
Incidência local
Severidade high
Detalhes Assim como a agricultura, a pecuária também é preocupante para a conservação do Bioma Cerrado, sendo uma atividade comum no Estado de Goiás (Sano et al., 2010).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Detalhes O turismo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros pode ser uma das principais ameaças para a espécie neste local, visto a falta de infraestrutura básica nos municípios de entorno do Parque para que esta atividade seja realizada sem impactos ambientais (MMA/ICMBio, 2009).

8.1.2 Named species
Incidência local
Detalhes O capim-gordura, Mellinis minutiflora, assim como diversas espécies de Brachiaria, ameaça a diversidade natural do cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no planalto central, sendo igualmente comum em muitas outras regiões (Ziller, 2001).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (S. R. Neto 605).

Referências

- Cavalcanti, T.B. & Graham, S. 2013. Lythraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB115753>.

- Cavalcanti, T.B. & Noronha, S.E. 2009. Lythraceae In: Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. de; Silva, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 496 p.

- MMA/ICMBio. 2009. Plano de Manejo Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/pm_chapada_dos_veadeiros_1.pdf>. Acesso em 03 setembro 2013.

- Sano, E.E.; Rosa; R.; Brito, J.L.S.; Ferreira, L.G. 2010. Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal - Bioma Cerrado: ano base 2002. Brasília-DF. MMA/Série Biodiversidades, v.36. 96p.

- Ziller, S.R. 2001. Os processos de degradação ambiental originados por plantas exóticas invasoras. Revista Ambiente Florestal. Disponível em: <http://institutohorus.org.br/download/artigos/Ciencia%20Hoje.pdf> Acessado em 28 agosto 2013.

Como citar

CNCFlora. Diplusodon leucocalycinus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Diplusodon leucocalycinus>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 25/11/2014 - 19:08:29